quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Ignez de Castro, morta, foi Rainha!
Desenterrada, a dama, com respeito,
alevantada ao trono, já não tinha
o forte amor, que alguém quis ver desfeito.


Sofrida pela espada sem bainha,
com flores brancas, postas sobre o peito,
fez chorar Pedro: - Culpa já não tinha...
Ressurreição? Tentou! Não teve jeito!


Acção cruel, plantou a flor da dor...
O gesto incrível fez ver fronte pura...
Memória eterna louva todo o amor.


Triste vingança : -Ver as secas rosas
sobre a donzela inerte, que segura...
Sem pulsações, as veias são chorosas.

MOTTA,Sílvia Araújo
http: //reacantodasletras.uol.com.br/sonetos/1453171

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